[Fonte: http://www.weblogyou.pt/ ]
Dizem que fevereiro é o segundo mês do Amor. Será que
dizem?? [Dizem
ou digo?? Para mim, o primeiro é dezembro, pelo óbvio motivo do espírito
natalício!!]
O primeiro fim de
semana de fevereiro trouxe uma caça a um tesouro muuuuuuito especial – o
Amor no seu estado mais puro, como alguém escreveu ao traduzir aqueles
dois primeiros dias do mês!
Como sabem, faço parte de uma ONGD – o G.A.S. Porto, onde Estamos
Juntos por um mundo melhor. [Clica em "por um mundo melhor" e descobre-o!]
Um dos primeiros fins de semana do ano tem como missão chegar a mais
pessoas, partilhar muita alegria e sorrisos, estar gratos pelo privilégio de viver momentos tão únicos e especiais, cheios de amor. Tudo isto por uma causa maior – crianças e adolescentes
rapazes, raparigas adolescentes, portadoras de deficiência mental e idosas,
divididas por três Instituições, em Braga, e com as quais o G.A.S.Porto tem
parcerias: Oficinas São José, IMA, La Salle.
Embora 2014 seja o meu 4º ano no G.A.S. Porto, na verdade,
só agora encontrei a disponibilidade que precisava para viver um fim de semana
assim – daqueles que começam com borboletas na barriga e terminam com coração cheio e a transbordar de amor.
[Fonte: Pinterest. Edição: 1981 MM.]
Não só vivi este fim de semana pela primeira vez, como
também tive o privilégio de fazer parte da equipa de preparação e dinamização
das atividades a realizar nas Instituições para onde viajamos. E porque só
quando Estamos Juntos é que tudo
ganha sentido, para que o fim de semana fosse inesquecível para todos [desde os voluntários às crianças,
jovens, adultos, idosas e portadoras de deficiência mental] precisamos de nos
reunir algumas vezes [durante a semana, à noite, e
até mesmo ao domingo!!], estar atentos aos
desenvolvimentos dos emails [nos dias mais pró-ativos chegamos a trocar entre 10 a 20 emails!!!], dividir tarefas,
criar ideias e pô-las em ação [desde procurar baús, folhas coloridas, envelopes, cartolinas,
fios de lã preta, garrafas de vidro, moedas de chocolate douradas, garrafões de
água salgada, palhinhas, copos de plástico, folhas de jornal e revistas, mapas
de tesouros, balões compridos, bombas de ar, desenhos de animais, imprimir
atividades e desafios, caça-autógrafos, reproduzir sons de animais, charadas,
adivinhas, construir uma música com coreografia, gincana, “tiros” com bolas de
meias/fisgas aos “barcos” de papel, criar disfarces de piratas, lengalengas, gritos
de piratas, desafio lógico final, readaptar o logotipo do G.A.S.,... nada foi pensado
por acaso.].
Por tudo isto, um especial agradecimento à fantástica
equipa, sem a qual nada disto teria sido possível. Claro que o agradecimento
não é menor aos fantásticos voluntários que nos acompanharam e permitiram que
tudo fosse vivido na intensidade certa. Sem cada um de vocês, a magia não teria acontecido. E se o fim
de semana foi vivido em torno de caças ao tesouro, ouso dizer que vocês descobriram
o tesouro que cada uma das crianças, jovens, idosas tem dentro de si. O vosso
tesouro interior foi fundamental para que estes dias se tornassem eternamente
inesquecíveis, na vida deles e delas, na nossa vida também!
É por momentos assim que vale a pena viver!
Que momentos?
[Foto e edição: 1981 MM.]
Quase não dormir de tanta ansiedade. Acordar às 07h. Reunir
o grupo de voluntários às 08h e dividi-los por Instituição. Conduzir até Braga.
Perder-me enquanto procuramos o local de dormida. Ultimar a organização das
atividades a dinamizar nas Instituições. Voltar a perder-me enquanto procuramos
a Instituição onde iremos respirar e inspirar. Encontrar os portões da
Instituição, que são as portas para um mundo novo. Viver 12 horas intensas que
valem por uma vida inteira. Preparar caças a tesouros especiais. Guardar
momentos em fotografias, em vídeos, na memória e no coração. Dar, receber,
agradecer. Almoçar, lanchar, jantar. Representar, cantar, sorrir, dançar. Criar
tesouros. Dizer até amanhã. Reunir o grande grupo de voluntários. Preparar as
surpresas do amanhã. Preparar a noite no saco-cama. Dormir ao lado de 60
pessoas. Não dormir, porque o frio não deixou. Pensar em investir num saco-cama
de inverno [de preferência zero graus ou menos cinco graus!!!]. Embrulhar-me no saco-cama,
na manta e no sobretudo. Pedir para as horas voarem. Bom Dia com uma “corrida
de cavalos”. Pequeno-almoço entre voluntários. Chegar à Instituição e ver as
nossas meninas de 15 e de 80 anos a receber-nos à entrada. Acompanhá-las à
Missa na Capela [para mim, a capela era uma enoooooorme igreja!]. Partilhar um último
almoço. Receber tesouros [das palavras e olhares de emoção ao mimo que construíram só para
nós]. Ver todos os vídeos e todas as fotos que eternizam o dia
anterior para sempre. Guardar os últimos momentos em fotografias. Partilhar um
baú cheio de mensagens inspiradoras, para ler em dias menos bons e nos dias
bons também. Os últimos abraços. Longos xi-corações. As lágrimas que viajam
pelo rosto. Os olhos de água. Os corações apertados. Ouvir ecoar “voltem mais vezes”, vezes sem fim. Trazer
tesouros connosco também. Para o ano há mais!
Amar é tão simples como tudo isto.
[Fotos e montagem: 1981 MM.]
O fim de semana termina com partilhas de amor, onde cada
voluntário expressa algo que sentiu e viveu nestes dias. A partir destas
partilhas, cada um de nós entende que não esteve apenas numa Instituição, mas
nas outras duas também. E isto acontece porque… Estamos Juntos, na mesma missão, a assumir o compromisso
de servir mais e melhor, chegando a
mais pessoas.
E das muitas pessoas especiais a quem chegamos tomo a
liberdade de destacar alguns tesouros que nos deixaram:
“Agradeço a todos vocês cada sorriso que partilharam connosco e por
nos terem proporcionado um dia cheio de coisas boas! Todos nós somos diferentes, mas juntos fazemos a diferença! É isso que
faz de nós quem somos! Obrigada.”
“Peço desculpa pela minha atitude anti-social. Vocês pareceram-me
boas pessoas, que não ligaram ao que nos
torna diferentes. Obrigada por isso.”
“Este fim de semana fomos tocados pelo Amor no seu estado mais
puro.”
[Fotos e montagem: 1981 MM.]
Sim, ainda há momentos que ficam só para mim, porque são
inexplicáveis através de palavras, porque todas as palavras são poucas para transmitir
a energia e a importância destes dois dias,… para eles, para elas, para nós. Há
momentos que ficam só para vocês também [refiro-me, claramente, a quem lá esteve!]. Há momentos que
ficam no imaginário de quem não lá esteve.
Tenho a certeza que cada um de nós regressou ao Porto de coração mais cheio, mais colorido, mas também mais diferente. A perceção da vida
ganhou novas cores. O livro da vida ganhou novas folhas. Desenharam-se novos
rostos. Sentiram-se novas emoções.
Só por AMOR…é que nos dedicamos assim!
[Fonte: Pinterest. Facebook. Montagem: 1981 MM.]
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